Estágio: Produções Artísticas, Culturais e Oníricas Como Artefatos de Cuidado na Convivência Com Juventudes em Luta Pela Vida

O campo de estágio é movido por uma escuta clínica-política articulada com o contexto social e político. Propiciar espaços de partilha de imaginários e de sonhos (noturnos, diurnos e vinculados a projetos de vida), considerando que os sonhos norteiam as intervenções. Então a roda sempre traz assuntos políticos, questões sobre feminismo, sobre racismo, sobre morte com a pandemia. O estágio disponibiliza oficinas e rodas de conversa de modo a colocar juventudes como protagonistas de suas histórias e como partícipes nas discussões de temas articulados com o contemporâneo, trazendo algumas formas de expressão artísticas.

 

O público alvo é composto, em sua maioria, por jovens em situação de vulnerabilidade social e tem como um de seus objetivos criar estratégias de escuta e de produção de cuidado para um tipo de sofrimento que se expressa individualmente, mas é produzido coletivamente. Trata-se da dimensão sociopolítica do sofrimento que abarca: humilhação, vergonha, não pertencimento/não reconhecimento, impactos do preconceito e do racismo etc. De início, o estágio apresentou dificuldades para atingir essa população, mas agora possui contato com a ETEC. Anteriormente estavam realizando trabalhos com um grupo do Cursinho Popular Cardume e com alguns profissionais de Saúde. Mas recentemente, começaram uma nova escuta com mães em luto, mães em luta que perderam seus filhos em situação de violência.

 

Ademais, o estágio é articulado com a extensão “Arte e Sonhos: Uma abordagem psicanalítica nos modos de cuidar das juventudes'', que existe oficialmente desde março de 2020.